{Leonardo Ramos} - {Bruno César} - {Rodrigo Valente} - {Tiago Capute} - {Adriano Bermudes}

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Um último adeus


Olá, amigos que nos acompanharam durante nossa curta - porém intensa - existência!

Nossa banda, Sinnatras, nunca teria existido da forma como foi, se não fosse pelo carinho e apoio incondicionais de todos vocês, que fizeram parte de nossas vidas e dividiram conosco muitas de nossas alegrias.

Durante o tempo em que permanecemos juntos, é nosso dever salientar que, muitas vezes, só acreditamos no que estávamos fazendo porque muitos de vocês acreditaram em nós.

E é justo que vocês saibam o quanto nós somos gratos por isso!

Na época, tínhamos a intenção de lançar um EP contendo seis músicas; e também estava nos nossos planos fazermos um show de lançamento dessas músicas, ou deste EP.

Como isso não deverá mais acontecer, resolvemos disponibilizar essas gravações para download grátis, uma vez que vocês foram (e ainda são) o motivo maior de tudo isso ter acontecido.

A banda acabou.

Mas o que vivemos - e nós vivemos juntos - vai ficar pra sempre!

Eternamente agradecidos:

Adriano B.
Bruno César
Leonardo Ramos
Rodrigo Valente
Tiago Capute

O EP foi gravado na Pato Multimídia com produção de Leo Moraes.

Um comentário:

  1. Quanta saudade! E se a saudade existe é porque as lembranças persistem, o que alimenta uma chama. Meninos, amigos, desculpem-me contestar vocês, mas não tenho medo de errar ao dizer que o “Sinnatras” não acabou, e nunca acabará “... porque ainda continua vivo em mim” e nos muitos amigos e fãs que vocês conquistaram ao longo do caminho.

    Os vários encontros que tivemos sempre me fizeram achar que a união de vocês não se deu ao acaso, era apenas uma questão de tempo. Afinal de contas, as letras, os arranjos, a dedicação, o carinho, a vontade, a garra, a alegria, tudo transcendia a responsabilidade e acabava esbarrando num ideal. Nunca foi simplesmente tocar, considero como a concretização do sonho individual de “... procurar um jeito de me encontrar”. Era o jeito de vocês se expressarem, de poderem dizer muito do que guardavam no peito e na alma. Mais uma vez me desculpo pelas palavras, que aos olhos de alguns podem parecer piegas, mas não consigo encontrar outra maneira de significar o que sentia ao ouvi-los: tinha a oportunidade de escutar muito do que não tinha coragem de dizer a mim mesma e que se acumulava, me apertava, me angustiava. Também não foi à toa que os que os ouviam, gostavam, porque se identificavam. Nos identificamos com vocês.

    Quem nunca teve a sensação de que o tempo teima em se arrastar enquanto sonhamos com o dia em que nossa vida irá mudar? Quantos de nós não acabamos perdidos diante do desejo de fugir de tudo que nos constitui, mas que nos aflige de forma profunda e inonimável, e percebemos que para sermos nós mesmos precisamos, justamente, carregar tudo isso? Ou sou só eu que às vezes dirijo ao “Pai” meus lamentos por sentir-me abandonada nesse mundo? E não é nessa hora em que desejamos não mais deitar só pra não termos que sonhar e repetir as mesmas frustrações? Quantas vezes já não gritamos por socorro diante de tudo aquilo que nos faz sofrer (o mundo, o escuro, o luto, o escuso, o incompreensível), mesmo sabendo que esse momento sempre ocorrerá outra vez? E também não somos nós que mal levantamos disso tudo e corremos em busca de um amor que, ao menos acreditamos, será capaz de nos curar? Ainda bem que, mesmo sabendo que outros dias também vão nos fazer chorar e nos derrubar, ainda continuamos esperando o tempo levar embora a dor, o choro, o pranto.

    Meus queridos eternos “Sinnatras”, claro que gostaria de ser presenteada por mais momentos de catarse ao ouvir suas músicas, poder cantar junto com vocês e aplaudi-los de pé ao lado de outros que, como eu, sentem-se mais livres depois de ouvi-los. Mas entendo que a vida de cada um de vocês mudou, que os planos mudaram e com eles as formas de se expressar, assim como eu também mudei depois de nossos encontros. O que é bom nos permite mudar. Por isso, eu é que agradeço vocês. Pelas tantas belas oportunidades, pelos momentos de reflexão, pelo carinho e amizade que experimentei em vocês e pelos tantos outros momentos que virão já que as lembranças são boas e me servirão para continuar revivendo tudo enquanto a memória funcionar. E no dia que ela falhar, terei as músicas para ouvir e, quem sabe, sentir outras coisas, pensar em outras questões e construir uma nova imagem de vocês que continue vivendo em mim.

    Abraços carinhosos.

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